Sexta-feira,22h25, noite fria em São Paulo. Na Rua João Cachoeira,1368, há um sobrado meio alaranjado e um vigilante que guardava os carros dos frequentadores do All of Jazz, um espaço pequeno, com mesinhas, clima agradável onde a pessoa vai para apreciar o melhor do jazz e da música brasileira.
Seu espaço interno é bem decorado.Muitos quadros, com pictograficos de artistas do jazz, iluminação difusa. As pessoas, a medida que entravam, eram recepcionadas pelas maitres e elas conduziam os frequentadores as mesas. Um pouco mais ao fundo, era perceptivel a ansiedade de alguns pela música ao vivo, conforme foi divulgado na agenda do site da casa. À direita, próximo ao Bar, havia um cartaz que indicava a sala dos músicos.
Ao subir os degraus vermelhos da escada estreita e ingreme, Lá está o pianista, produtor e compositor Michel Freidenson (foto à esquerda), 47, juntamente com AC Dal Farra, numa boa conversa e nos últimos acertos para começar a apresentação. O ambiente super agradável, com capas de vinis antigos, espalhados por todo o local para decorar o espaço e uma conversa regada a chope e acompanhada de castanhas de cajú.
Poder da Música
"Music has power and unites people" [música tem poder e une pessoas, tradução], é uma frase encontrada no site do pianista e ela é o pontapé inicial da conversa. Michel acredita no poder da música, vivê-la, é uma coisa que agrega e faz parte de um contexto comum e o ensina a ter humildade. "Uma vela quando se une a outras forma um velário que transmite uma boa iluminação", disse Freidenson.
Michel é enfático ao dizer que chega a ser religioso essa sintonia que a música faz com o público.Para um músico que "rodou o mundo" o importante é o posicionamento, levar a música onde está. "O cara que toca e não corre riscos está perdendo uma grande chance", disse o pianista.
O músico estava um pouco ansioso, pois a medida que hora avançava e um dos componentes do trio, o contrabaixista Picchú Borrelli não havia chegado. Eram 23h00 , salão lotado e Deleuze, proprietário do All of jazz, circulava com a sua taça de vinho muito preocupado com o público a espera da apresentação dos músicos.
Produções
Freidenson produziu e compôs trilhas sonoras para novelas da Globo, Manchete, SBT e Record. As mais conhecidas: Desafio de Elias ( Rede Record), Dona Anja e "Colégio Brasil"(SBT). Lecionou "som do filme II" na Fundação Armando Alvares Penteado - FAAP e tem vários jingles premiados.
Atualmente trabalha em sua produtora ( Ritimo Produções) e tem vários jingles premiados.Os maiores destaques são: Comercial do sorvete Kibon ("...é tempo de tomar, suco de fruta no palito da Kibon..."),em parceria com Kau Batalha, onde ficou 6 anos no ar e lançamento da Citroën, com a música " Por toda a minha vida" cantada em francês e português e premiada no Festival de Nova York.O pianista produziu no Brasil, entre muitas ,trilhas para o lançamento de carros da Wolkswagen,tênis All Star e, para os EUA, Spice Island (fabricantes de temperos) e Muller Beer .
"Ficou mais dificil", disse Freidenson sobre a queda do volume de produção. Mas houve um crescimento no mercado institucional e ao mesmo tempo cresceu o reconhecimento ao trabalho do pianista.
Atualmente, o pianista, juntamente com seus músicos tem feito trabalhos para palestras motivacionais, sons para videos institucionais, festas e confraternizações. Na visão de Michel, as empresas passaram a achar uma importância para a inserção da música no ambiente corporativo.
Participações
"Ficou mais dificil", disse Freidenson sobre a queda do volume de produção. Mas houve um crescimento no mercado institucional e ao mesmo tempo cresceu o reconhecimento ao trabalho do pianista.
Atualmente, o pianista, juntamente com seus músicos tem feito trabalhos para palestras motivacionais, sons para videos institucionais, festas e confraternizações. Na visão de Michel, as empresas passaram a achar uma importância para a inserção da música no ambiente corporativo.
Participações
Freidenson foi finalista do Martial Solal International Competition Jazz Piano, em 1989 na cidade de Paris, França. Segundo o pianista, foi algo sem querer, ele estava de passagem na avenida Paulista, e viu um cartaz sobre o concurso e teve o maior incentivo dos amigos e familiares; mandou uma fita, foi selecionado e foi finalista entre os pianistas de todas as partes do mundo.
Michel tocou com Ivan Lins, na gravação do albúm Anjo de mim, onde Lins deu um espaço maravilhoso na faixa Bom seria, bom vai ser. O pianista tocou com Leny Andrade,Fafá de Belém, Djavan, Milton Nascimento, Francis Hime, Léa Freire, Boccato, Jane Duboc, Márcio Montarroyos - que foi responsável por abrir as portas para o músico na cidade do Rio de Janeiro quando o viu tocar no Sanja (famoso clube de jazz) em São Paulo- Hermeto Paschoal, Raul de Souza. Lô Borges, Tim Maia, entre outros.
A cantora Ana Caram convidou Freidenson para gravar um CD em Nova York - Hollywood Rio - para a Chesky Records e lançado no Parliament Jazz Festival ,em Moscou (2003) e num tour pela Asia tour (2004) e é um trabalho musical com fortes influências de MPB e Jazz em suas faixas, tendo Michel programado os instrumentos eletrônicamente, para a surpresa do staff da gravadora que inicialmente não acreditou.
Participou do Aruba Jazz Festival, com Djavan; Free Jazz Festival, com o Zona Azul, grupo instrumental fundado por Freidenson abrindo o show de George Benson; Festival de Jazz de Itajaí (2003,2005); Festival de Jazz de Joinville (2002) e em 2004 na casa de shows Tom Brasil com o "Michel Freidenson Jazz Quartet" o "Michel Freidenson Jazz Trio" participou do maior festival de Jazz indoor do mundo, o North Sea Jazz Festival na Holanda (2004) e participou 3 anos seguidos na Virada Cultural de São Paulo.
o que faz?
Michel Freidenson toca atualmente nas primeiras sexta-feira do mês no All of jazz. Um espaço diferenciado, decoração temática, ótimas características para apreciadores da música de qualidade. O pianista é acompanhado por AC Dal Farra (bateria) e Picchu Borrelli (contrabaixo) .
Com crise ou sem crise, Freidenson faz o seu trabalho com prazer. "Não posso tocar pensando no dinheiro", disse o pianista. Para Michel, a música transmite a fé. Ele não tem problema em ganhar pouco numa casa, o importante é sempre olhar o lado do outro.
Participou do Aruba Jazz Festival, com Djavan; Free Jazz Festival, com o Zona Azul, grupo instrumental fundado por Freidenson abrindo o show de George Benson; Festival de Jazz de Itajaí (2003,2005); Festival de Jazz de Joinville (2002) e em 2004 na casa de shows Tom Brasil com o "Michel Freidenson Jazz Quartet" o "Michel Freidenson Jazz Trio" participou do maior festival de Jazz indoor do mundo, o North Sea Jazz Festival na Holanda (2004) e participou 3 anos seguidos na Virada Cultural de São Paulo.
o que faz?
Michel Freidenson toca atualmente nas primeiras sexta-feira do mês no All of jazz. Um espaço diferenciado, decoração temática, ótimas características para apreciadores da música de qualidade. O pianista é acompanhado por AC Dal Farra (bateria) e Picchu Borrelli (contrabaixo) .
Com crise ou sem crise, Freidenson faz o seu trabalho com prazer. "Não posso tocar pensando no dinheiro", disse o pianista. Para Michel, a música transmite a fé. Ele não tem problema em ganhar pouco numa casa, o importante é sempre olhar o lado do outro.
No meio da crise do mercado fonográfico, Michel recentemente teve o privilégio de ser convidado pela Azul Music para gravar um CD e finalmente, Michel vai produzir um trabalho solo que será lançado no ano que vem.
" um tesouro mais guardado da música brasileira" , segundo Nelson Ayres( maestro, arranjador, pianista)
Vale a vista ao site : www.michelfreidenson.com , tem fotos, filmes e trechos de músicas em mp-3.Assista Michel Freidenson :
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