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terça-feira, 14 de julho de 2009

Piassarollo: Chimarrão e jazz.

A casa é o lugar dos encontros.É bem melhor quando ela está aberta para pessoas que gostam de música. De origem simples, e os primeiros passos na música através de um violão encontrado no galinheiro aos acordes, a habilidade e o swing do jazz e da MPB na vida do guitarrista Ary Piassarollo

O guitarrista prontamente concedeu a entrevista ao Paulicéia do Jazz por e-mail e algumas perguntas foram respondidas via MSN e o repórter pode conhecer um pouco mais do trabalho desse excelente músico.

Origem

Ary é filho de músicos.Seu pai toca saxofone e cavaquinho e sua mãe tocava um pouco de violão e fez questão de ensinar os primeiros acordes para o filho. O guitarrista foi atraído muito cedo pela musica, na cidade de Vila da Quinta, um pequeno município do interior do Estado do Rio Grande do Sul.

Após o período de serviço no exercito brasileiro, o guitarrista segue para a cidade de Porto Alegre onde permanece por 2 anos e teve a oportunidade de tocar com o cantor Luiz Vieira., recém contratado da TV Piratini e no grupo Flamboyaiam.

São Paulo

Piassarollo após um tempo na capital gaúcha, resolve seguir para São Paulo e começa a tocar nos circuito paulistano de bares. O mais conhecido onde ele tocou em São Paulo foi na boate Night & Day até receber um convite da cantora Vanderleia, bem no auge do movimento da Jovem Guarda, para fazer parte dos Vandecos. “Lá eu conheci Roberto e Erasmo Carlos”, disse o músico.

Após um tempo de participação com os artistas da Jovem Guarda, Ary conheceu o cantor, ator e humorista Moacir Franco onde foi convidado a fazer parte de seu grupo para tocar no seu programa de TV apresentado pela Rede Record de Televisão.

A permanência de sete anos de Piassarollo na capital paulista foi de bastante trabalho e muitas indicações e aproximações com novos artistas e músicos.

Frentes cariocas

Em 1973, o guitarrista vai para a cidade do Rio de Janeiro – considerada , na época, o centro da cultura brasileira - e teve a oportunidade de gravar discos com Elis Regina, Djavan, Emilio Santiago, Wilson Simonal, Tim Maia e Fátima Guedes.

Além desses artistas, Ary acompanhou Luiz Gonzaga Jr (Gonzaguinha) por sete anos – de 1978 à 1985 - e gravou sete discos com o artista. O guitarrista fez shows com Nana Caymmi, Ivan Lins e com o Rei do Baião, Luiz Gonzaga por dois anos.

Piassarollo, na cidade maravilhosa fez bons amigos como Billy Blanco e Titi Madi. O primeiro, já com 85 anos, ainda está na ativa e quer tocar novos projetos.

Musica nos EUA

Em 1985, Piassarollo foi para os Estados Unidos, e morou na cidade de Miami, onde pode aprimorar seus talentos através de estudos musicais onde pode melhorar mais a sua qualidade melódica.

Ary teve a oportunidade de tocar em vários lugares e participar de “gig’s” com Randy Brecker e Toots Tielemans e tocar com figuras consagradas como Ira Sullivan e Othelo Molineaux.

Nos EUA, Piassarollo, gravou o trabalho Memories, com composições próprias, bastante interessantes , compostas ao longo de sua trajetória musical . O trabalho conta com participações de seu filho,Maurício Piassarollo, ao piano.

Retorno

Piassarollo retorna em 2000 ao Brasil, morou 5 meses na cidade de São José dos Campos e foi convidado a ministrar aula de improvisação no Conservatório Dramático e musical Haroldo de Campos – Tatuí –SP .

O guitarrista também participou de projetos musicais financiados pelo SESC e tocou nas melhores casas de Jazz do Brasil.

Hoje, Ary mora no Rio de Janeiro e surge alguns convites para novos trabalhos e com artistas renomados, gente que fez sucesso em bandas pop e hoje quer partir para novas frentes e para uma musica que conquiste bons apreciadores.

Um comentário:

  1. Eu não poderia de deixar aqui meu comentário como irmã do Ary que sou, mais tem algumas coisas na história dele que não estão bem contadas. Quanto ao violão foi achado no galinheiro sim, mas onde nós moravamos não era na Vila da Quinta e sim na Cidade de Rio Grande -RS, A vila é um pequeno vilarejo que moramos em outras épocas. Nossa Mãe ensinou para ele os primeiros acordes, mais nossa familia sempre foi musical, e ele desde pequeno, se interessou pelo instrumento, e aprendeu sózinho. Uma vida dedicada a uma bôa música de qualidade, que hoje está esquecida nos Baús das recordações. Um beijo meu irmão, e a todos que passaram pela tua vida. Tua irmã (CICA) para os intimos

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