Desde 1985, o Brasil abrigava um festival que trouxe atrações renomadas do mundo do jazz, além de também apresentar em sua escalação nomes cultuados do rock e da música eletrônica.
No seu surgimento chamava-se Free Jazz Festival, sendo que o nome era em razão do patrocínio da marca de cigarros Free, da Souza Cruz. O festival ocorreu com este nome até 2002, ano em que teve sua edição cancelada, motivada pela alta do dólar.
Com a nova legislação que passou a vigorar a partir de 2003, a qual passou a proibir patrocínio de empresas tabagistas a eventos culturais, o festival mudou de patrocinador e consequentemente de nome, passando a se chamar TIM Festival, em virtude da parceria com a empresa de telefonia.
Nesses 24 anos vieram ao Brasil artistas renomados como Chet Baker, Sonny Rollins, John Lee Hooker, Philip Glass e Nina Simone, além de grandes nomes do rock contemporâneo, como Sonic Youth, Belle & Sebastian, White Stripes, Primal Scream, The Strokes e Arctic Monkeys.
Porém, com a recente crise mundial, a patrocinadora do evento decidiu cancelar o TIM Festival. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, o novo presidente da organização, Luca Luciani, pretende abortar os projetos relacionados à música, o que abrange também o Prêmio TIM de Música, fazendo com que a verba destinada a eles seja redirecionada para outros fins.
A Dueto Produções, produtora do festival desde o seu início, agora busca um novo parceiro para o evento. Entretanto sinaliza que para este ano não há mais tempo hábil para a realização do mesmo.
Com a confirmação do fim do TIM Festival, os brasileiros perdem aquele que com certeza era o seu mais eclético e diversificado evento musical, e que em conseqüência era também o que mais cacife tinha para trazer aos palcos nacionais os grandes nomes do jazz. Esperamos que haja uma nova empresa interessada em patrocinar e investir no festival, para que os amantes da música não fiquem sem o já tradicional evento musical dos finais de ano.
Simplesmente lamentável que a crise afet a cultura também. Mas aqui no Brasil, quem se importa?
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