O que pode parar ou amenizar uma guerra? Os mais saudosistas fãs de futebol com certeza citarão o episódio que envolveu o Santos de Pelé, que em 1969, durante uma excursão da equipe paulista ao continente africano, viu o conflito no ex-Congo Belga ser interrompido para que o craque brasileiro e seus companheiros pudessem mostrar àquele povo o futebol-arte que os tinham consagrado. Mas que relação este episódio tem com o jazz ou a música?
Claro que muitos dirão que esta é mais uma medida para “estadunizar” o Oriente Médio, entretanto, observo que a substituição de armas por instrumentos musicais é algo traz fatores positivos e pacifistas a uma região em que ultimamente o som de disparos de rifles tem sido o mais freqüente.
O diretor do Instituto de Estudos de Jazz da Universidade de Nova Jérsei, Dan Morgenstern, lembra que durante a Guerra Fria, esta prática já ocorria, pois “enviar músicos como Louis Armstrong e Dizzy Gillespie foi uma forma de penetrar em países que faziam parte da Cortina de Ferro.”
Esperamos que este “poder inteligente”, como definiu a Secretária de Estados Hillary Clinton, seja uma maneira de pacificar e unir os povos de uma região tão devastada nos últimos anos pela destruição das armas de fogo, e que não seja utilizado como forma de manipular a população daqueles locais, fazendo sim um intercâmbio cultural e não uma imposição cultural.
Depois da quebra da bolsa de Nova York, em 1929, os EUA fizeram a mesma coisa. Foi aí que coca-cola e derivados invadiram o mundo... Alexandre Magno também não impôs a cultura dele, só espalhou o que conhecia do mundo helênico e deu no que deu. Mesmo que não haja intenção de "impor" cultura, ainda sim isso é inevitável. Vai ser uma influência e tanto.
ResponderExcluirMas tenho que concordar com você, ainda é bem melhor do que vender armas de fogo aos povos em guerra, como se fazia antigamente (ou ainda se faz)