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Após décadas de história dos instrumentos de sopro, o trombone nunca teve o mesmo destaque que outros instrumentos de sopro como o trompete e o saxofone. Na história do jazz, onde ao longo de seu desenvolvimento alcançou um certo destaque através de instrumentistas como J.J. Johnson, Kai Winding e Gracham, o trombone nunca ocupou plano de destaque nos arranjos e sempre ficou limitado aos improvisos nas composições e criações rítmicas.Porém, no álbum do quinteto “De Madrugada” da banda pernambucana A Trombonada, ocorreu algo inédito no país. Por iniciativa de Nilsinho Amarante, primeiro trombonista da Banda Sinfônica da Cidade do Recife com a proposta de difundir a música para o trombone e popularizar o instrumento, Amarante convidou quatro trombonistas a participar deste inovador projeto musical focado nos timbres e melodias dos trombones.
Com composições musicais inovadoras transitando do popular ao erudito e expressando as diversas nuances de interpretação que o trombone pode oferecer, o quinteto já ganhou lugar de destaque no cenário musical do país e como consagração, foi convidado para apresentar-se em shows com nomes renomados da música popular brasileira como Elba Ramalho, Nena Queiroga, Pedro Luís e a Parede e o V Recife Jazz Festival.
No álbum “De Madrugada”, o quinteto brasileiro provou que é possível fazer uma música regional, com diálogos da mpb, jazz, baião, ritmos caribenhos, com muita criatividade e improvisação. Os estilos do álbum transitam também entre a orquestração mais tradicional ao ska, passando pelo maracatu. Outra faixa de destaque do CD é a música “Baião para a Trombonada”, música composta e arranjada por Nilson Lopes com recursos de orquestração erudita e contrapontos rítmicos do baião e do jazz.
A banda A Trombonada com músicos e trombones afinados, mostra como fazer um som de alto nível, com influências harmônicas do mpb, do blues, do maracatu, do jazz, num álbum exclusivo e identidade própria!
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