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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Nenê: "função do músico é treinar para contribuir para a função cultural"

Desde os primeiros acordes no acordeon como músico profissional a habilidade em suas evoluções na bateria. Realcino Lima Filho, ou simplesmente o baterista e pianista Nenê, em seu confortável apartamento, em plena manhã fria de sábado, conta um pouco de sua trajetória musical na cidade de Porto Alegre, nos países do Conesul - Uruguai e Argentina, e São Paulo, a cidade responsável pela abertura de portas para o mundo.


Nenê juntamente com Alberto Lucas (contrabaixo) e Írio Jr. (piano), está na ativa em sua turnê de lançamento de Outono, o seu mais novo trabalho pelo selo Borandá. Um CD onde é a celebração à cultura nacional, à carreira do baterista . No disco, para os apreciadores da boa música instrumental, é perceptível a virtuosidade do pianista Írio Jr e a sicronia entre contrabaixo e bateria de Nenê e Alberto.

Começo profissional


Nenê estudou musica por pouco tempo durante a infância. A facilidade em ouvir e tocar o instrumento, o fez deixar os estudos rapidamente. Logo, aos 16 anos, quando começou a tocar bateria, o músico decidiu voltar aos estudos para aperfeiçoar mais as técnicas do instrumento percussivo.



Depois o baterista foi morar um ano no Uruguai e no ano seguinte na Argentina. Após esse período, Nenê volta para a Capital Gaúcha para tocar com o seu primeiro trio na boate Ponto 3 e depois, em 1964, na época do Programa Fino da Bossa, na TV Record, Nenê e seus parceiros de trabalho partem para São Paulo.



São Paulo e artistas renomados


Ao chegar na cidade de São Paulo, Nenê tocuou durante dois anos em programas de TV e no circuito de bares paulistanos. Dois anos após a sua chegada, conhece o músico Aluísio Pontes onde o apresentou para o multinstrumentista Hermeto Paschoal e entrou no Quarteto Novo no lugar do percussionista Airto Moreira.



Nenê trabalhou com Dick Farney, Moacir Peixoto, Doris Monteiro durante o tempo que Hermeto foi para os EUA. Após o retorno do multiinstrumentista, Nenê foi convidado para participar de uma nova formação A música livre de Hermeto Paschoal, com Milito (sax tenor), Alberto (contrabaixo) , Mazinho(sax alto) e Anunciação(percussão).



Depois em 1975, o pianista Luis Carlos Vinas, indicou o baterista para a cantora Elis Regina para trabalhar no musical Falso Brilhante .Durante nove meses participou da turnê de shows e após a sua saída, volta a tocar no bar Stardust.


Nenê entrou no lugar de Robertinho Silva no Som imaginário, grupo que acompanhava Milton Nascimento, e gravou Clube da Esquina 2. Depois, o baterista volta a tocar com Hermeto e em 1978 fez apresentações no Festival de Jazz de Montreaux e em Tóquio. Depois passou um período em Nova York- EUA.


O baterista volta ao Brasil e toca durante cinco anos com o multiinstrumentista e compositor Egberto Gismonti onde gravou Em Familia e o antológico Sanfona. Depois Nenê volta para a Europa e grava com vários músicos europeus e, a partir desses trabalhos, abre um espaço para a solidificação de seu nome.


Trabalhos solo


Ao acompanhar os músicos e sua participação em grupos como Pau Brasil, Nenê gravou vários discos, escreveu livros, compôs músicas e apresenta vários concertos pelo Brasil e outros países do mundo.


O baterista atualmente ministra aulas do instrumento na Universidade Livre de Música e no Conservatório Musical Souza Lima ambos na cidade de São Paulo.


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