Para a família Gurgel lugar de boa música é em casa! Todos sentados - papai, mamãe e irmãozinhos - em silêncio, apenas ouvindo a pequena garotinha tocar o piano. Instrumento e televisão juntos no mesmo espaço, mas a prioridade era apenas ouvir música e a menininha com as suas melodias. Hoje a pianista,flautista,compositora, arranjadora Débora Gurgel, se apresenta com a Septeto S.A, grupo Triálogo e participa da "gig" de Dani Gurgel, onde acontecerá o show de lançamento de Agora - Dani Gurgel e novos compositores no dia 12 de setembro no Auditório Ibirapuera.A trajetória musical de Débora começa nas "audições" no quintal de sua casa. Lá ouvia as aulas de piano da casa de sua vizinha e professora de piano, Dona Hermínia, e o seu fascinio pelo som do piano, foi decisivo para tornar-se aluna da professora do bairro aos 7 anos de idade.
O grupo surgiu quando Débora trabalhava no Centro Livre de Aprendizagem Musical - CLAM. Na escola, a pianista conheceu o baterista Pérsio Sapia e durante o seu trabalho como flautista no espaço Vinicius de Moraes, no extinto Tom Brasil, na Vila Olimpia, conheceu o contrabaixista Itamar Colaço. Os três musicos tocavam juntos na época, mas Gurgel tinha vontade de formar um trio de música instrumental e gravar suas composições.
Logo, a pianista convidou Persio e Itamar para gravar um CD com suas músicas.Mas a "demo", como chamam os músicos o seu primeiro trabalho, tomou um grande vulto(sic) e o grupo apresenta uma música instrumental com proposta autoral e moderna. "Tocar com Itamar e Pércio é divertidíssimo, quase um exercício de telepatia. Quando eu penso alguma coisa, eles já respondem antes que eu fale, e vice-versa.",disse Débora.
Débora toca todas as segundas com a Big Band há mais de 2 anos. Na opinião da pianista, os músicos e o repertório são fascinantes. "É uma reunião de amigos muito divertida, e isso se traduz na música que fazemos", diz Gurgel.
Gurgel descreve sobre a riqueza de jovens talentos nos últimos anos no cenário musical paulistano. "conhecem muito bem a música brasileira de todos os tempos, o jazz, as gravações históricas, e tem uma universalidade própria destes tempos, misturando tudo num mesmo caldeirão, mas com extremo bom gosto", disse a pianista.
Autora
Na opinião de Gurgel se o ensino musical no Brasil fosse levado com seriedade desde o ensino fundamental e não fosse encarado com uma "aula de relaxamento", o país teria um grande número de bons músicos e apreciadores musicais de bom gosto.
"Quem hoje em dia senta numa cadeira e ouve música a fim prestando atenção aos detalhes?" , pergunta Débora sobre o gosto musical e a forma como se ouve a música.
Para a pianista, qualquer mudança é bem vinda. Gurgel entende que a apreciação musical é o primeiro caminho para formar um público culto e desenvolver o gosto pela musica em si e deixar de usar a música apenas como "fundo musical", onde a maioria das pessoas utilizam.
"Normalmente ouve-se música enquanto se namora, ou trabalha no computador, ou dirige, etc...
Só temo que, vindo de uma determinada orientação política, o projeto não seja abrangente a todos os tipos de boa música, favorecendo apenas um determinado nicho.", disse a pianista.
Novos trabalhos
Assista Débora Gurgel e seu grupo Triálogo







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