A trajetória musical de Débora começa nas "audições" no quintal de sua casa. Lá ouvia as aulas de piano da casa de sua vizinha e professora de piano, Dona Hermínia, e o seu fascinio pelo som do piano, foi decisivo para tornar-se aluna da professora do bairro aos 7 anos de idade.
O grupo surgiu quando Débora trabalhava no Centro Livre de Aprendizagem Musical - CLAM. Na escola, a pianista conheceu o baterista Pérsio Sapia e durante o seu trabalho como flautista no espaço Vinicius de Moraes, no extinto Tom Brasil, na Vila Olimpia, conheceu o contrabaixista Itamar Colaço. Os três musicos tocavam juntos na época, mas Gurgel tinha vontade de formar um trio de música instrumental e gravar suas composições.
Logo, a pianista convidou Persio e Itamar para gravar um CD com suas músicas.Mas a "demo", como chamam os músicos o seu primeiro trabalho, tomou um grande vulto(sic) e o grupo apresenta uma música instrumental com proposta autoral e moderna. "Tocar com Itamar e Pércio é divertidíssimo, quase um exercício de telepatia. Quando eu penso alguma coisa, eles já respondem antes que eu fale, e vice-versa.",disse Débora.
Débora toca todas as segundas com a Big Band há mais de 2 anos. Na opinião da pianista, os músicos e o repertório são fascinantes. "É uma reunião de amigos muito divertida, e isso se traduz na música que fazemos", diz Gurgel.
Gurgel descreve sobre a riqueza de jovens talentos nos últimos anos no cenário musical paulistano. "conhecem muito bem a música brasileira de todos os tempos, o jazz, as gravações históricas, e tem uma universalidade própria destes tempos, misturando tudo num mesmo caldeirão, mas com extremo bom gosto", disse a pianista.
Autora
Na opinião de Gurgel se o ensino musical no Brasil fosse levado com seriedade desde o ensino fundamental e não fosse encarado com uma "aula de relaxamento", o país teria um grande número de bons músicos e apreciadores musicais de bom gosto.
"Quem hoje em dia senta numa cadeira e ouve música a fim prestando atenção aos detalhes?" , pergunta Débora sobre o gosto musical e a forma como se ouve a música.
Para a pianista, qualquer mudança é bem vinda. Gurgel entende que a apreciação musical é o primeiro caminho para formar um público culto e desenvolver o gosto pela musica em si e deixar de usar a música apenas como "fundo musical", onde a maioria das pessoas utilizam.
"Normalmente ouve-se música enquanto se namora, ou trabalha no computador, ou dirige, etc...
Só temo que, vindo de uma determinada orientação política, o projeto não seja abrangente a todos os tipos de boa música, favorecendo apenas um determinado nicho.", disse a pianista.
Novos trabalhos
Assista Débora Gurgel e seu grupo Triálogo
Nenhum comentário:
Postar um comentário