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sábado, 31 de outubro de 2009

Pepe Cisneros: sonhos, desafios e o Jazz Latino

Vizinhos, muitas festas, o som da percussão. Na vila as pessoas faziam muitas celebrações para os santos e orixás, muito som no universo musical do pianista, arranjador e produtor Cubano,Pepe Rodriguez Cisneros, onde dispõe de um pequeno espaço de tempo para conversar pessoalmente com a reportagem do Paulicéia do Jazz.



Pepe nasceu em Guantanamo e teve uma forte influência da música indiana. O pianista descreve algumas cenas de sua infância e uma das mais marcantes na visão de Cisneros foi os seus olhares para a escola de música em frente a parada de ônibus.


"Toda a vez que olhava para o prédio da escola, sempre dizia comigo mesmo: Um dia vou estudar aí", disse o pianista, onde fez o teste e conquistou o seu sonho de estudar musica.


Pepe começou seus estudos pela percussão, mas, segundo o pianista, o estudo do piano é obrigatório em qualquer escola de música cubana. Aos 13 anos de idade, Cisneros começou a escutar Chick Corea, Herbie Hancock, Keith Jarret, e os artistas cubanos: Chucho Valdez, Ruben Gonçales, Emiliano Salvador e Gonçalo Rubiacalba.


O inquieto músico buscava ampliar mais os seus horizontes, logo fez o teste para estudar na Escola Nacional de Artes - ENA , na capital do país,Havana. Segundo o pianista, na ENA haviam bons professores e uma melhor didática.


Na Escola Nacional, Cisneros estudava música erudita e depois de vários anos de estudo teve aula de música popular. Durante o período de estudos na ENA, o pianista e mais alguns alunos formavam a "turma dos quimberos", onde tocavam muito Fusion e Jazz Latino em várias casas noturnas da Capital cubana.


Esse período para Pepe e seus colegas foi muito importante. "La caje", é um termo onde os músicos cubanos onde descreviam sobre o buscar conhecimento na noite, onde ele considera a verdadeira escola de música.

Cisneros participou do Festival de Jazz La Plaza com o grupo Ferjomesis, composto de 12 integrantes e em 1992, vem para o Brasil em definitivo após as dificuldades do país em meio aos acontecimentos do fim da Guerra Fria e da queda do muro de Berlim.

Durante o voo, Pepe ficou impressionado com o tamanho do Rio Amazonas. " parecia que aquilo não tinha mais fim de tão imenso!", disse o pianista onde se estabeleceu na cidade de São Paulo e conheceu grandes músicos como Arismar do Espírito Santo e Guga Stroeter e gravou vários álbuns com Michel Leme, Sandro Haick, Cuca Teixeira, Felipe Lamoglia e participa como produtor e pianista do cantor Diogo Poças e da cantora Cubana, Lina Senteno e com o septeto Cuba 07, onde toca o melhor do Jazz Latino com alguns músicos brasileiros e cubanos.

Um comentário:

  1. O Pepe, é um sujeito incrível.Nunca conheci um cara tão altruísta como ele; ele esta sempre a favor do som, sem concessões.Sou um fã incondicional e eternamente agradecido por ter tido a chance de ter um disco produzido por ele.Um abraço do Diogo Poças

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