Na última semana, foram divulgados os dados referentes ao faturamento da indústria fonográfica em 2008. Em âmbito global, houve queda de 8,3% na vendas em comparação com ao ano anterior, com receitas que totalizaram US$ 18,42 bilhões.
Este número foi fortemente influenciado pela redução que houve no mercado estadunidense, em que a receita foi 19% menor do que em 2007, de acordo com números da IFPI, entidade que representa as maiores gravadoras do mundo.
A Internet pode ser considerada a principal responsável por tal desempenho, já que cada vez mais a música é “consumida” de forma digital, através de downloads das faixas em formato MP3, o que impacta diretamente na diminuição da comercialização dos formatos físicos, como os CDs, sendo que houve queda de 15,4% nas vendas.
O mesmo levantamento aponta que houve um aumento no comércio de música digital, em que o consumidor paga para baixar a música, apresentando um de 24,1% no mundo, o que representa um valor de US$ 3,78 bilhões. Os Estados Unidos concentram boa parte destas vendas, sendo que houve um aumento de 16,5%, totalizando cifras de US$ 1,78 bilhão.
Esta tendência também ocorre no Brasil, onde em 2008, de acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Discos (AFPD), a venda de música digital teve um crescimento de 79%, que rendeu um faturamento de R$ 43,5 milhões.
Assim como podemos verificar em outros segmentos, como o jornalismo impresso, por exemplo, a indústria fonográfica precisa urgentemente se adequar a esta era digital, em que as pessoas buscam sempre por mais praticidade, que no caso da música, representa a audição das músicas com boa qualidade, porém em aparelhos pequenos, portáteis. Caso as grandes gravadoras não abram o olho logo, o que já deveriam ter feito há muito tempo, logo enxergarão o fundo do poço.
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